Mesmo inelegível até 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista concedida que manterá sua candidatura à Presidência da República em 2026 até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o impeça formalmente. “Quer queira, quer não, eu sou o maior líder da direita na América do Sul”, declarou. Segundo ele, a população rejeita outro nome da direita: “Só querem Jair Messias Bolsonaro e ponto final”. 70gp
O ex-presidente classificou a exclusão de seu nome das urnas como uma “negação à democracia”. “Como pode a maior liderança da direita estar fora da cédula eleitoral? Não tem cabimento”, disse. Bolsonaro afirmou que pretende registrar sua candidatura no prazo final, deixando ao TSE a decisão sobre sua viabilidade. “Até lá, estarei movimentando multidões. A esquerda não tem um nome forte. Se for o Lula, pior ainda”, provocou.
Apesar da autodeclaração como principal nome do campo conservador, Bolsonaro reconheceu que há outros potenciais presidenciáveis na direita. No entanto, cobrou atuação: “Cada um tem que cavar espaço dentro do seu partido, rodar o Brasil, conquistar simpatia e confiança da população”.
A entrevista foi concedida de um hospital em Brasília, onde Bolsonaro está internado há uma semana após uma cirurgia abdominal. Ele falou ao SBT Brasil diretamente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e estimou mais uma semana de internação. Questionado sobre a escolha de Brasília para o procedimento, explicou que a logística e os custos da viagem para São Paulo pesaram na decisão. “Já troquei de equipe médica algumas vezes e acredito que aqui seria melhor. Minha esposa está comigo todos os dias”, contou.