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Nesta sexta-feira (12), a Polícia Militar foi solicitada a comparecer em uma escola no bairro Lagoa Grande em Patos de Minas, onde a solicitante relatou que sua irmã, aluna do 7º ano trouxe ao seu conhecimento que nesta data durante a aula de matemática, por volta da 11h, seu professor havia lhe assediado.
A vítima relatou aos militares que o professor havia ado uma das mãos sobre seu tórax, encostando-se em toda a extensão do seu seio direito, e em seguida ele ficou segurando sua coxa direita, enquanto afirmava para ela que tudo ficaria bem.
A vítima disse também que o professor encostou-se ao corpo de outras duas alunas, o que resultou no choro de uma delas, e que era comum ele acariciar as mãos de alunos durante as aulas, dizendo palavras que envolviam religião.
A menina de 12 anos informou que antes de sair da sala, o professor ameaçou um dos alunos, dizendo que se ele contasse para alguém, iria fazer uma macumba pra ele.
Em contato com a diretora e a vice-diretora da escola, elas relataram aos militares que o professor foi contratado por um período de 30 dias para cobrir férias de uma servidora, e que no dia 26/06/2024 já havia lavrado uma ata, onde ficou registrado que os alunos queixaram do comportamento do professor à direção da escola.
Os alunos relataram que ele os obrigou a ficar de PE e fazer a oração que ele determinou, e não executou o conteúdo de matemática. Disseram ainda que o professor denegriu outras religiões e disse que os alunos precisavam ser exorcizados. Nesta ocasião o professor afirmou a direção da escola que estava arrependido, mas na seqüência afirmou não aceitar regras, que a educação deve ser livre e que o professor deve lecionar conforme acha que tem que ser.
Ele ainda teria dito que esteve na escola em 2011, entrando pela porta da frente e saindo pela porta dos fundos, e que desta vez, isso não iria acontecer.
Em relação ao ocorrido desta sexta-feira (12), a diretora e a vice-diretora, afirmou que foi relatado na ata, que os alunos do 7º ano, compareceram à direção, e para a escuta do relato, a diretora chamou três especialistas, que durante o procedimento perceberam que as alunas apresentavam nervosas, incomodadas e constrangidas com as atitudes do professor durante a aula, pois até ele chegar na sala de aula ou a pedir que elas segurassem nas mãos dele e fixassem o olhar nos olhos dele.
E na seqüência ele ou a alisar as mãos delas e a dizer as seguintes palavras, “Vai ficar tudo bem, eu estou aqui para com você e eu, trago paz para o seu coração”.
As alunas relataram que ele alisava os cabelos das meninas e que organiza a sala de forma que as cadeiras vazias ficassem no fundo da sala para que todos os alunos fiquem próximos a ele. Outro relato foi que o professor tinha o costume de abaixar na frente delas, segurando os dois joelhos e pedindo para elas olharem nos olhos dele.
A diretora informou que solicitou a presença do professor para uma reunião com a equipe pedagógica, que seria acionada, mas ele virou as costas e foi embora.
Um dos alunos do 7º procurou a direção para relatar que não conseguia ir embora, pois estava com medo devido o professor ter segurado em suas mãos na sala de aula, dito que estava tirando todos os pecados do aluno e que algo de ruim iria acontecer assim que ele fosse embora.
Quando o aluno foi pegar sua bicicleta, ela estava com o pneu murcho, e em pânico, ele recusou a ir embora.
A diretora também disse que ficaram armazenadas no gravador digital da escola as imagens referentes aos relatos que foram lançados em ata.
Diante do exposto, a guarnição deslocou até a residência do professor de 35 anos, onde ele foi localizado e preso em flagrante delito, após ser informado sobre seus direitos constitucionais.
Em seguida ele foi conduzido até a Delegacia de Plantão, onde foi apresentado a autoridade de Polícia Judiciária.
Ao ser indagado sobre a sua versão dos fatos, ele preferiu utilizar seu direito ao silêncio.
Em consulta ao sistema informatizado, os militares verificaram que o autor tem diversas agens por crimes contra a pessoa, e que no dia 06/07/2011, ele foi preso em flagrante delito por agressão a um aluno durante a aula.