Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu duas leis estaduais que garantiam a contratação temporária de professores da rede pública estadual de Minas Gerais, vai afetar mais de 136 mil trabalhadores da educação. Os profissionais poderão continuar no trabalho por mais um ano, de acordo com a decisão do ministro Ricardo Lewandowski. Após este período, no entanto, terão que ser desligados. 28e18
Nesta sexta-feira, 03 de junho, o comentarista do Sistema Clube, Professor Braz Paulo, falou sobre os impactos que a decisão pode causar na educação mineira.
“Historicamente o Estado de Minas Gerais, não gosta de fazer concurso público, faz poucos concursos e as vagas para educação vão sendo mantidas por contratos. O que em si já é uma perda pedagógica, porque dessa forma o professor começa o ano em uma turma, no outro ano já está em uma outra escola, no outro ano ele não consegue aulas, aí já é um outro professor e para a sequência pedagógica prejudica muito,” explicou o professor.
Na oportunidade Braz Paulo afirmou, que apesar da decisão ser recente, não tem nada de novo nessa história, “já sabíamos que isso iria acontecer, e um aspecto muito sério é que as contratações e convocações que estavam acontecendo agora, estão todas paradas, inclusive o portal do governo de Minas Gerais para contratação está fora do ar, porque muitas adequações terão que ser feitas e mais uma vez teremos como o prejudicado dessa história o aluno,” afirmou o comentarista.
O professor também comentou com muita indignação e preocupação sobre a possibilidade de municipalização das escolas estaduais.
“Eu fico preocupado, porque temos um governo que está totalmente alinhado com essas propostas e uma Câmara de Vereadores que até então não consegue fazer oposição, e principalmente, eu digo hoje, pais, alunos e professores das escolas do estado, se vocês não se mobilizarem para que isso seja barrado na Câmara Municipal, vai anoitecer de um jeito e amanhecer de outro,” afirmou Braz Paulo ressaltando a necessidade de uma ampla discussão inclusive com a participação da população sobre este tema.
Confira a entrevista na íntegra: